EQUIPE MULTIDISCIPLINAR – FORMAÇÃO CONTINUADA
Sugestão de estudo proposta pelo professor Anderson Machado, Técnico Pedagógico da disciplina de História, do NRE/Jacarezinho.
O texto sofreu pequenos ajustes, conforme entendimento da coordenação da Equipe.
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1. Manifesto Frente Três de Fevereiro;
2. Democracia racial;
3. No Go Area - Dialética da Malandragem;
4. Música: "Quem policia a polícia";
5. Lei 10639/03.
2. Democracia racial;
3. No Go Area - Dialética da Malandragem;
4. Música: "Quem policia a polícia";
5. Lei 10639/03.
Duração: 9’15”
1.1. Refletir e responder, em forma de texto, às questões a seguir.
a) Quais são as cenas apresentadas no início do filme?
b) Noel Carvalho, um sociólogo e cineasta, faz algumas considerações. Sobre o que ele fala?
c) Julita Lemgruber é uma socióloga e ex-ouvidora da polícia do Rio de Janeiro, segundo ela, como a polícia identifica e aborda uma pessoa suspeita?
d) Nicolau Sevcenko, é um historiador e relata como a polícia surgiu e qual é a função dela na sociedade. Diante disso, como pode ser interpretada a ação da polícia, para quem serve e qual a diferença dela com o restante da população? Qual é a fala dele em relação à polícia e às classes sociais heterogêneas?
e) Na segunda fala da socióloga Julita Lemgruber, é explicitado que o embate que a polícia tem é justamente com o jovem negro. Qual a consideração que se pode fazer diante desse fato?
f) O que a música "Quem policia a polícia" relata? Quais as reivindicações feitas intrinsecamente?
g) O que o cidadão entrevistado, no final do vídeo, relata sobre a ação de policiais e a sua pessoa e como ele age diante de uma situação em que existem policiais?
2. Vídeo: Zumbi somos todos nós- parte 2. Filme produzido pela TV Cultura, chamado DOCTV, 2007.
Duração: 6’54”
Duração: 6’54”
2.1. Refletir e responder, em forma de texto, às questões a seguir.
a) No início da segunda parte do vídeo, um policial se aproxima de uma pessoa (que está com uma câmera nas mãos e filmando), pede os documentos. Qual é o relato feito pelo policial sobre a abordagem na periferia e em uma área nobre da cidade?
b) Segundo o policial, qual a atitude da polícia em uma área pobre?
c) Quando o entrevistado pergunta ao policial como ele identifica a sua cor, o policial diz que é "parda”. Qual é a explicação que o mesmo dá após dizer isso?
d) Qual é a reação do segundo policial diante da pergunta: “De que cor o senhor acha que eu sou?”, e qual a visão dele diante da pergunta: “De que cor o senhor é”? O que se percebe com essas perguntas e as respectivas respostas?
e) Vera Malagutti, a socióloga entrevistada, relata que não descrimina a polícia, pois a mesma é selecionada de uma maneira diferenciada, o que se entende sobre isso?
f) A socióloga Julita Lemgruber, diz que “o policial no RJ, não tem cor a partir do momento em que veste o uniforme”. O que isso evidencia?
g) O historiador Nicolau Sevcenko, explica sobre a ação policial na época da Ditadura Militar no Brasil. Como os presos eram conduzidos? Isso faz ou não menção à escravidão e à questão do negro em si?
h) Quando a socióloga Julita Lemgruber, expõe a questão de que a polícia está em uma área para atuar de acordo com a “ordem da elite dominante e que em todas as etapas do funcionamento do sistema da justiça criminal existe o racismo”. Será que isso realmente é uma verdade, existem exceções?
Duração: 6'29
3.3. Refletir e responder, em forma de texto, às questões a seguir.
a) Em meio às apresentações em diversas redes televisivas, como pode ser entendida a questão de racismo no meio futebolístico? Será que isso acontece apenas no mundo do futebol?
a) Em meio às apresentações em diversas redes televisivas, como pode ser entendida a questão de racismo no meio futebolístico? Será que isso acontece apenas no mundo do futebol?
b) A antropóloga Lilia Schwarcz, relata que quando questionava sobre preconceito racial- se existia ou não- 96% das respostas eram "não". Quando as pessoas eram indagadas sobre conhecer alguém que tem preconceito racial, 99% das respostas eram "sim". A resposta “exata” da pergunta é que a existência do racismo acontece, mas o racista é o “outro”. O que dizer diante desse fato?
c) O Frei David, diretor executivo EDUCAFRO, fala sobre a problematização do negro e a segregação? Aponte os pontos principais de sua fala.
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REFLEXÕES DA EQUIPE
REFERÊNCIAS
Vídeo: Zumbi somos todos nós. Filme produzido pela TV Cultura, chamado DOCTV, 2007. Parte 1, disponível em: www.youtube.com/watch?v=xKVVdf3Enu0 . Parte 2, disponível em:www.youtube.com/watch?v=JVF3uoPnGyI . Parte 3, disponível em:www.youtube.com/watch?v=20byc-_ZBx8 .Parte 4, disponível em: www.youtube.com/watch?v=kEHi0h-kGKg . Parte 5, disponível em:www.youtube.com/watch?v=pIwy4hTi1CY
Parte 6, disponível em:www.youtube.com/watch?v=HGIqyOe9CrQ .Parte 7, disponível em: www.youtube.com/watch?v=PDW9nSM5B-Y . Acesso em 25 jun 2013.
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REFLEXÕES DA EQUIPE
Conforme o Vídeo: Zumbi somos todos nós- parte 2. Filme produzido pela TV Cultura, chamado DOCTV,
2007, observa-se que a desigualdade de tratamento entre brancos e negros é
reconhecida como uma das mais perversas dimensões da sociedade brasileira.
No tocante à educação, saúde, renda, e o acesso a
empregos estáveis, violência ou expectativa de vida, os negros se encontram
submetidos às piores condições. Dado os fatores históricos e os
constrangimentos raciais que ainda hoje operam no país, as políticas universais
têm se revelado insuficientes face ao objetivo de enfrentar a discriminação e
desigualdade racial. A presença do racismo, do preconceito e da discriminação
racial como práticas sociais, aliadas à existência do racismo institucional, representa
um obstáculo à redução daquelas desigualdades, obstáculo este que só poderá ser
vencido com a mobilização de esforços de cunho específico.
Neste contexto, o tratamento dispensado pela
polícia não é diferente, apesar da negação que ocorra a discriminação. Desta
forma o vídeo, convoca a sociedade a se posicionar diante da urgência latente
desta realidade, denunciando o esquecimento que a justiça, o poder público e a
grande mídia tentam imprimir à questão do racismo, frente à cidadania.
Há uma analogia à
forma de reconduzir os negros que fugiam das fazendas, amarrados pelo pescoço
uns aos outros - atitude que faz menção aos capitães do mato, à da função
inicial dos policiais.
As desigualdades raciais no Brasil
configuram-se como um fenômeno complexo, constituindo-se em um enorme desafio
para governos e para a sociedade em geral. A título de exemplo, o primeiro presídio no Brasil contava com
uma população carcerária de 95% de negros.
De forma inequívoca pode-se afirmar que o racismo é
subjacente à justiça criminal. De acordo com Luciana Jaccoud , a luta no campo
jurídico é um recurso que tem sido pouco utilizado pela sociedade brasileira e,
quando usado, seus resultados em termos de punição são praticamente
inexistentes. As causas apontadas para as dificuldades de aplicação do direito
no campo racial são várias, sendo citadas, entre outras, a necessidade de
provas e testemunhos, e a resistência dos membros da polícia e do judiciário em
dar encaminhamento e esses inquéritos e processos.
O claro que o racismo sempre existiu em todas
as esferas sociais. Diante de acontecimentos, como por exemplo, quando o jogador argentino Desábato
ofendeu o jogador brasileiro Grafite, chamando-o de de "negro, crioulo,
macaco" , a mídia divulgou amplamente
e então colaborou para a discussão sobre racismo.
O racismo é um tipo de preconceito que fere
toda a sociedade, não só no meio esportivo.
Na análise da antropóloga Lília Shuarcz,
apresentada no vídeo ” Zumbi somos todos nós”- parte 3, percebemos que
todos os entrevistados se dizem não racistas que conhecem pessoas
racistas, ou seja, segunda ela, é como se cada indivíduo fosse uma ilha de democracia, cercado de racista por
todos os lados, numa tentativa de , em público, camuflar o ranço da sociedade
escravocrata refletida dentro de cada um.
Frei Davi, diretor de EDUCANDAFRO, comenta
uma realidade que muitas vezes nos passa despercebida: o negro foi vítima de uma sociedade branca,
não foi o negro que criou a sua condição de escravo. Àqueles que
criaram a escravidão cabe o dever de resolver o problema que se apresenta.
Neste contexto entendemos que a sociedade não pode calar. Somente lutando
por seus direitos ela se vislumbrará, de fato, igualitária.
REFERÊNCIAS
THEODORO, Mário; JACCOUD, Luciana; OSÓRIO, Rafael
Guerreiro; SOARES, Sergei. As
políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil 120 anos após a abolição. 2ª edição. IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Novembro de
2008.
Frente Três de Fevereiro. Disponível em: http://www.frente3defevereiro.com.br/. Acesso em 25 jun 2013.
Vídeo: Zumbi somos todos nós. Filme produzido pela TV Cultura, chamado DOCTV, 2007. Parte 1, disponível em: www.youtube.com/watch?v=xKVVdf3Enu0 . Parte 2, disponível em:www.youtube.com/watch?v=JVF3uoPnGyI . Parte 3, disponível em:www.youtube.com/watch?v=20byc-_ZBx8 .Parte 4, disponível em: www.youtube.com/watch?v=kEHi0h-kGKg . Parte 5, disponível em:www.youtube.com/watch?v=pIwy4hTi1CY
Parte 6, disponível em:www.youtube.com/watch?v=HGIqyOe9CrQ .Parte 7, disponível em: www.youtube.com/watch?v=PDW9nSM5B-Y . Acesso em 25 jun 2013.
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